segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cicloviagem pelo circuito do Vale Europeu em Santa Catarina 1ª Parte

Os planos para o feriado de Corpus Christi era realizar a travessia da Serra fina, porém a ameaça de tempo ruim fez com que finalmente eu e a Vivi desengavetamos um projeto que estava arquivado, uma cicloviagem de mais de dois dias, pois a ultima que fizemos foi no ano em dezembro de 2010 de Niterói  a Arrail do Cabo.

Decidimos pelo este roteiro em virtude da facilidade de informações existentes no site http://www.circuitovaleeuropeu.com.br , como planejávamos sair antes do feriado, pesquisei rapidamente os horários dos ônibus para a cidade de Blumenau e compramos as passagens para sair de São Paulo às 20h25 com chegada prevista para às 6h30, pela viação Catarinense. Compramos as passagens de Blumenau para Timbó pela mesma companhia com horário de partida previsto para às 7h10. Porém nosso ônibus chegou no horário da partida prevista para o ônibus para Timbó, mesmo avisando o motorista que tínhamos passagens que se ele poderia esperar o desembarque das nossas bagagens do outro carro para partir, o motorista muito Mal educado fechou a porta na minha cara e partiu.


Nós optamos por levar barraca para acampar em alguns dos dias, porém no único dia que achamos camping choveu e desistimos de acampar, pois a hospedagem era bem em conta. Mais adiante indicarei locais que encontrei para acampar no caminho o que poderá reduzir bem o custo da viagem, além de que ter outro tipo de contato com a cultura local. Já que levamos barraca, tivemos que levar saco de dormir, isolante térmico, roupa extra, pilhas, duas máquinas fotográficas, botas, GPS, etc. Imaginem como estávamos pesados, depois relacionarei os itens desnecessários para esta viagem.

1º Timbó – Pomerode.

A falta de boa vontade do motorista da empresa Catarinense nos custou horas de atraso em nossa programação. O roteiro é indicado para ser feito em 7 dias, porém só tínhamos 5 dias, por isso em dois dias teríamos que emendar dois trechos do roteiro e esse atraso impossibilitou que aproveitássemos a manhã de quarta para pedalar.

Apesar dos apelos incessantes da Vivi para acharmos uma bicicletaria para ela regular seu câmbio e comprar uma câmara reserva, eu disse para prosseguirmos e em Pomorode procurávamos uma, pois já era tarde e o dia não seria difícil.

Saímos de Timbo por volta das onze horas e seguimos as setas amarelas (estas setas estarão por todo o caminho guiando o cicloturista, por isso não acho necessário levar GPS, carreguei peso morto).

O inicio do caminho é bem suave permanece plano e levemente em declive até o km 18. No caminho paramos em um mercadinho para comprar algo para beber e comer um dos nossos lanches como café da manhã. Aproveitei e comprei uma linguiça típica de Blumenau.

Pelo caminho passamos por inúmeras construções típicas alemãs. Eu como fã da cultura alemã estava adorando a Vivi nem tanto, pois ela queria partir direto para a Cidade de Rodeio e começar a parte alta do roteiro primeiro.



Por volta da uma da tarde paramos para um lanche a beira de um riacho e aproveitamos para experimentar a linguiça que compramos.

A subida começa bem suave e vai inclinando cada vez mais, no meio da subida tinha um rio e paramos para tomar um banho e refrescar o corpo para o top final da subida.

Subimos tranquilamente, quer dizer a Vivi nem tanto, pois ela disse que a corrente dela estava escapando com a combinação coroa do meio com a primeira e segunda catraca. E não quis nem falar comigo e saiu praguejando rs Discórdiaaaa!!!


E como todo MTB que se preze depois de toda subida tem uma grande descida até a cidade de Pomorode.
Chegamos à cidade por volta das quatro e meia da tarde. Pedalando a caminho do centro da cidade de Pomorede encontramos a bicicletaria Pomer Ciclos, num posto de gasolina.  Vivi foi perguntar ao mecânico se ele podia regular o cambio para ela e qual o valor do serviço, o ele respondeu que não podia, pois estava montando uma bicicleta, mesmo ela explicando que estava fazendo a circuito do Vale Europeu, ele não quis atender. Quando ela foi falar com o dono ele respondeu que a mesma urgência que ela tinha o cliente dele tinha em ter a bicicleta montada e pediu que ela aparecesse na sexta-feira de manhã. Que péssimo atendimento, como se 10 minutos que levaria para regular o cambio dela não atrapalharia em nada a montagem da bicicleta.
Pomer ciclo péssimo atendimento!!!!


Furiosa ela saiu dali praguejando... Discórdiaaaa! Novamente!!! Fomos em busca de outra bicicletaria, quando encontramos uma o mecânico não sabia regular câmbio. Ótimo! Cada vez mais a Vivi queria me matar por não ter parado para fazer isso em Timbó kkk.

Finalmente perto do centro numa típica construção alemã, encontramos uma que o sujeito foi atencioso, regulou o câmbio da Vivi até explicando para nós como se regulava e nem quis cobrar. A Vivi então deu uma caixinha para ele e seguimos em busca de um lugar para ficar. Ufa! Minha pele ao menos por hora.
Encontramos a primeira pousada e fomos ver os preços e os quartos. Quando fui ao quarto para ver como era, levei um escorregão por causa do clip da sapatilha e fui para o chão, para a alegria da Vivi. Eu com o cotovelo doendo não achei nada engraçado na hora, mas agora só dou risada com a cena kkkk. O preço da hospedagem era R$ 55,00 no quarto sem banheiro e R$ 70,00 no quarto com banheiro para cada, ambos com café da manhã.

Mais adiante encontramos o hotel Max, o preço da hospedagem era R$ 70,00 por pessoa com café da manhã (telefone - 47 3387-3070). Depois de tomar um banho fomos em busca de um restaurante típico alemão, mas não encontramos e tivemos que nos contentar com um coma a vontade por R$ 15,00.

Depois do jantar fomos direto dormir, pois a noite no ônibus não foi nada agradável.

Dados do pedal
Tempo efetivo de pedalada: 3h50
Media 12,9 km/hora
Distancia 49,87 km
Velocidade Máxima 51,7 km/h
Total de subida acumulada 510 alt.

Gastos 1º dia.
Passagem de ônibus São Paulo - Blumenau: R$ 114,93
Passagem de ônibus Blumenau - Timbó: R$ 7,00
Gastos com lanches no caminha: R$ 14,50
Hospedagem: R$ 70,00

2º Dia - De Pomerode a Rodeio.

No dia seguinte o relógio despertou ás 6h30, contudo como nem o sol tinha dado as caras ainda e mais o frio que fazia naquela manhã, demoramos para sair da cama e descer para tomar o café da manhã. Depois de tomar o café e garantir uns lanches e frutas para o caminho, partimos do hotel às 8h30.

Demoramos um pouco para achar o ponto inicial do caminho de Pomerode a Indaial, mas depois que encontramos não teve erro basta seguir as placas.

O começo do percurso é bem parecido com o dia anterior tendo como atrativo as construções típicas da região. Depois de pedalar por cerca de 4 km, começa uma subida, a medida que vamos ganhando altura as casas ficam para trás e surgem belos sítios e belos riachos.

Depois do primeiro morro descemos até o bairro de Mulde, aqui a Vivi saiu da rota e bagunçou toda a marcação no ciclocomputador e por isso não seguimos para o Morro Azul, pois não achei o caminho, paciência imprevistos acontecem.

A segunda subida do dia é mais tranquila, ganha-se menos altura e com uma inclinação mais tranquila. Depois deste morro é só descer até Indaial, onde chegamos às 13h. Fizemos uma pequena parada para tomar uma vitamina e comer um açaí.

Depois da pausa para o lanche seguimos para Rodeio. Essa parte do caminho é a mais tranquila, tanto pela quilometragem baixa quanto pela altimetria, pois ele segue acompanhando o rio até a cidade de rodeio.

O inicio deste trecho é extremamente chato, pois pedalamos por quase 8 km por ruas de paralelepípedo, o que dificultava o desenvolvimento da velocidade. Como este trecho era tranquilo e tínhamos tempo suficiente para chegar em Rodeio até o final do dia, fomos pedalando lentamente e curtindo a bela paisagem que o Rio Itajaí Açu nos proporcionava.

Chegamos a cidade de Rodeio por volta das cinco da tarde e fomos até a pousada Cama, Café Stolf ( 47 3384-1498), por sorte ainda tinha um quarto disponível. Nesta cidade é bom reservar lugar na pousada, pois é a única da cidade.

Depois de acomodados, tomamos um banho e fomos comer no Caminetto, do simpático Nilton, que ficou horas proseando conosco. Pedimos uma bela massa com molho de nata e palmito, porção de provolone à milanesa, cerveja de trigo da região e mais duas brejas comuns.

Depois de saciar a fome, o restante de nossas energias foram sugadas e fomos direto para a pousada dormir, pois o dia seguinte seria um dos mais puxados.


Dados do pedal
Tempo efetivo de pedalada: 5h45
Media 12,5 km/hora
Distancia 71,57 km
Velocidade Máxima 42,40 km/h

Gastos do dia.

Lanche: R$ 10,00
Hospedagem: R$ 50,00
jantar: R$ 77,00 (duas pessoas).


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