terça-feira, 9 de julho de 2013

Escalada da Agulha do Diabo (2.050 mts) - Serra dos Órgãos.

Para escalar a Agulha do Diabo em um único dia fica muito corrido, por isso dividimos a escalada em dois dias. No domingo subiríamos para acampamento 4 na Pedra do Sino e na segunda escalaríamos a Agulha do Diabo.

Sabíamos que nossos amigos Cristiano Julianete, Walter Michishita, Luci Rubia, entre outros estariam naquela noite na Pedra do Sino já que estavam realizando a tradicional Travessia Petro-Tere, motivo de sobra para marcar uma confraternização na montanha.

Como sabíamos que a trilha para a Pedra do Sino era tranquila, inciamos a trilha bem tarde, por volta das 15h50. Aproveitamos para descansar de manhã e ainda tomamos umas brejas antes ir para a entrada do parque.


A trilha até o sino é tranquila, apesar do peso das mochilas fizemos este trecho em 3h30. O tempo relativamento bom não evitou que andássemos a noite.

Chegamos no acampamento 4 e logo encontramos o Cris. Montamos nossa barraca e já iniciamos os preparativos do jantar. No cardápio da noite cuzcuz marroquino com seleta de legumes (modo de preparo) e panceta de porco defumada.

Depois do jantar encontramos nosso amigo Pepe e depois de uma longa conversa cada um foi se retirando aos poucos para suas respectivas barracas.

Acordamos as 5h30 da manhã para escalar a Agulha, antes de começar a escalada teríamos uma trilha de 1h30 mais ou menos. Tomamos um breve café da manhã e partimos eu, Vivi e o André. A Mônica decidiu não devido a sua gastrite que atacou e lhe causava um tremendo mal estar.

Partimos rapidamente ruma a base da agulha. Depois de uns 20 minutos de caminhada, notamos que os croquis estavam com a Mônica, ou seja, o André teve voltar até o acampamento.

Depois de um tempo o Walter e Marcelo Vieira, que iriam escalar a agulha também naquele dia, passaram por mim e pela a Vivi enquanto aguardávamos o André.

Depois de uns 30 minutos o André retornou com os croquis e retornamos nossa caminhada rumo a base da Agulha. Logo encontramos o Walter e o Marcelo e seguimos todos juntos. No caminho encontramos outro grupo de escaladores de Niteroi acampados no fundo do Vale que leva a Agulha.

Chegamos no Mirante do inferno por volta das 7h00 e iniciamos a descida pelo vale que leva a base da agulha, mais conhecido por geladeira, já que quase não bate sol ali.

Na base da via deixamos o Walter e o Marcelo seguirem na frente. Neste dia o André guiou todas as cordadas e fui curtindo a escalado.


O primeiro lance é o mais chato, depois a escalada se torna prazerosa, com lances gostosos de serem escalados. As chaminés são mais tranquilas que as do Dedo de Deus. O lance mais legal é o Cavalinho em que você faz olhando para o abismo.

Chegamos ao cume as 12h30. Depois de comemorar, tirar algumas fotos e assinar o livro do cume iniciamos a série de rapeis. Levamos uma hora e meia para chegar a base da via. Voltamos rapidamente para o acampamento, pois queríamos descer ainda naquele dia.

No caminho ao acampamento vimos o tempo fechar e não demorou para a nevoa branca tomar conta da paisagem. Nem terminamos desmontar a barraca e começou a chover. Decidimos que seria melhor ficar aquela noite por ali mesmo, já que chegaríamos todos molhados e passaríamos o maior veneno em Teresópolis.

Fomos para o abrigo e ficamos conversando com os demais montanhistas. Ainda ganhamos um macarrão com frango que um grupo não conseguiu comer, fizemos um chá com casca de maçã de um gringo que ficou abismado com a ideia, ou seja, causamos no abrigo.


Logo o sono apertou e fomos dormir. Se ficamos mais uma noite acampado ali para não molhar nossas coisas, essa ideia foi literalmente por água abaixo. Nossa querida barraca Marmot limelight que desde sempre entrou água, desta vez se superou. Alagou tudo! O isolante da Vivi da Azteq parecia um camel back de tanta água que tinha. Ela acordou tremendo na madruga, mas mesmo assim foi guerreira ao aguentar a noite toda no molhado sem reclamar, se contentando apenas com um abraço meu para esquentar. Guerreira essa minha menina!

O dia clareou mas a chuva não dava trégua. Tomamos nosso café e descemos sem paradas até a cachoeira próximo da barragem, onde eu e o André paramos entrar na cachoeira, as meninas ficaram de mimi e não entraram. 

Após colocarmos roupas secas fomos direto para Teresopolis comer alguma coisa e partir para São Paulo. 

Na volta próximo a Arujá a fúria Verde teve uma pane seca e não exitamos de solicitar os serviços da concessionária da Dutra para vir guinchar a gente e ao menos rever parte da fortuna que gastamos com os pedágios.

Apesar do perrengue da barraca alagada voltamos para São Paulo com a alma lavada e renovada pronta para a nossa próxima trip... a Pedra do Frade.
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